terça-feira, 31 de janeiro de 2017

31/01/2017

Sentimentos.
Constatação de não humanidade nas relações, que cada dia mais, assola a humanidade.
Trata-se de solidão, diante dessa explosão de cores tão bonitas, de que se tinge agora o céu, que, de tão belas, chega ao profano, quase palpável, anunciando o dia.
Trata-se do que fazer de mim, de nós.
Da curiosidade e pena que se instalou, diante das mãozinhas tremulas da mocinha do café e seu vexame ao perceber que eu via.
Da alegria imprecisa que sentia no reencontro de duas pessoas queridas que promovia.
E do espanto e comoção a que o filme, “Eu Daniel Blacke” acometia.
Trata-se da necessidade, tão óbvia, de recusar-se a ditadura do contato virtual,
e reunir-se de novo, com as pessoas reais.
Reaprender a conversar e sorrir e se olhar, retomar os laços de amizade, expor a necessidade que temos de contato humano, para existir.
  




quarta-feira, 2 de novembro de 2016


Feliz Aniversário, minha doce menina.
Sabe Larissa, estou pensando em você agora e nas tantas histórias, lembranças, momentos cravados em nossas vidas, permeados de alegrias, admiração e claro, de sofrimento, preocupação e dor.
E o mais importante, quando relembro cada momento de alegria ou de dor, vem a certeza de que nos uniu o amor.
Da perplexidade de te ver, de repente, em meus braços, emergiu o sentimento de responsabilidade e medo de fracasso e o desafio de acertar, de conseguir transmitir a você os instrumentos que te possibilitassem ter coragem e conquistar alegrias.
Em nossa primeira noite juntas, daqui, da janela desse apartamento, te aninhei em meus e braços e te mostrei o céu, e te ofereci a lua, que àquele dia trazia consigo uma estrela fulgurante de brilho, quase que pendurada por um fio invisível em sua cauda ambas reinando absolutas no céu, formaram o cenário inesquecível de teu nascimento.
Aquela noite, estabeleci com você um pacto: ensinar-te a se proteger, a se defender com a ousadia da ética e coragem que os seres humanos precisam ter para viver, amar e ser feliz.
De verdade, queria transmitir a força, queria te ensinar a alegria do amor, tão irmão gêmeo da dor, que em muito momentos se confundem E por isso Lá, cantei tantas vezes, para te ninar, essa frasezinha: “Dorme, dorme menininha, durma bem pequeninha... amanhã você vai brincar.”
Tai o ser humano em que você se transformou, e sei que o resultado é parte, desse amor.
Taí, brilhante como a lua e a estrela daquela noite, você passa força, serenidade e ilumina, é um dos meus grandes amores nessa vida, nem sempre doce, mas tão Fascinante de se viver.
Feliz Aniversário minha menina.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

MERDA, perdi meu Chão.

Gostaria de ver àqueles, que tanto pediram por esse momento, verdadeiramente alegres e com os corações palpitante de emoção, comemorarem a vitória e principalmente, a responsabilidade por sua contribuição.
Ai, talvez não fosse tão dolorido esse momento, pois, quando as pessoas têm ideal, tem objetivos, metas que acreditam poderem alcançar, ainda que opostos ao que eu acredito, poder-se-ia esperar alguma coisa boa, qualquer coisa, pelas quais elas lutarão.
Mas não vejo nada, não há alegria nesta vitória.
Há sim, um silencio sepulcral, cheio de ódio, alimentado por um desejo incontido de vingança, que nesse momento, lhes parece, se concretizou.
Hoje se concretiza o ápice de uma longa campanha de destruição.
Existe sim, festa de comemoração, mas não é uma festa para essa parte do povo que clamou por destruição.
A festa é de seus artífices, deles para consigo próprios.
É a festa de uns poucos privilegiados, que planejaram e ainda planejam mais destruição.
Estes sim, comemoram seu triunfo em destruir conquistas, que trouxeram alegrias, que possibilitaram realização de sonhos de tantos excluídos desse chão.
Comemoram entre si e tem o que comemorar: se viram desalojados do poder por quase duas décadas e comemoram vê-lo retornar as suas mãos à força de um golpe, dado com o consentimento de boa parcela da população.
Estes sim, se reúnem e festejam a ignorância dessa parcela de povo, que tão facilmente puderam manipular, fazendo pulsar neles apenas ódio e desrazão.
Estes sim, acreditam agora, terão de volta o poder de submeter todo um povo a seus desmandos e podem realizar suas próprias ambições.
E agora?  Estes que se deixaram ser usados, manipulados não serão convidados à esta festa? Claro que não.  Que aguardem do lado de fora as ordens, que como lacaios, deverão cumprir.
Eles que se contentem com o prazer, também momentâneo e fugaz de gritar:
Fora Democracia.
Fora Constituição e seus princípios de igualdade, de dignidade e justiça.Traduzidos todos, em escolas sem partido; intolerâncias; individualismo; discriminação a negros, pobres, LGTBS e por aí vai...   
Mas, tudo é momentâneo, tudo é fugaz, e como tal, essa maioria ensandecida que lhes deu vitória, e que mesmo hoje, já não a comemora, acordarão do surto de ódio injetados em suas mentes e em seus corações.
Incrédulos e impotentes, talvez descubram que afastaram de si, enquanto surtados, a alegria da participação, o sonho de liberdade e se enclausuraram em egoísmo e solidão.

O que me alimenta, no entanto, é a vontade de liberdade, de lutar por justiça e igualdade, que nunca será fugaz, nem momentânea, e por isso trato de reencontrar meu chão.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Não vi a lua branca, 
enorme, 
no céu, 
até descer esse véu, 
que o meu rosto encobria.  
Não vi lua, 
nem vi céu, 
me vi apenas, 
envolta em  lembranças, 
que permearam meus dias. 
Tampouco percebi estrelas, 
ontem ou hoje, 
em meio a tormentos. 
Mas, no dia ensolarado que se abria, 
sai à rua, 
e o Deus sol, 
me provocou com o seu brilho 
e meu corpo, recebeu,
como caricia o calor.
Aquecida, 
minha alma transbordou, 
e cismas, sofrimentos 
e lembranças e lamentos, 
se dissiparam. 
Se evaporaram. 
Nutri-me apenas de sol, 
de brilho, da claridade do dia, 
brilhante e tão bonito, 
a dizer-me que, 
se a vida é feita de sofrimentos, 
de incertezas e medos, 
também é feita de renovação e alegria.
            

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

ANDEI POR AI...

vivendo tantas coisas,
algumas boas, outras ruins.
Vi tantas gentes,
vivi momentos,
alguns bons, outros ruins.  
Andei por aí vivendo.
Andei por aí tentando saciar minha sede de conhecimento,
Andei por aí, em caminhos incertos,
porque os certos, quando pensei que existiam,
levaram a lugar nenhum.
Andei por aí respirando ar puro,
experimentando o novo,
e com o novo combinei o passado
trazendo-o em minha bagagem,
sem mágoas e,
convicta de ser o resultado de tal combinação sorri.
Andei por aí sorrindo,
amando,
descobrindo sentidos,
me saturando de tudo que vi de belo,
de tudo que ouvi de sabedoria,
e tentando apreender o que pude do que vivi.
Andei por aí vibrando,
andei por ai chorando,
andei cantando,  
andei buscando conteúdo,
autenticidade, nas pessoas que conheci.
Aí confesso:  me surpreendi.
Andei por aí flertando com a vida,
zombando de sentidos, de conceitos arcaicos,
com os quais, em muitos momentos, convivi.
Bati de frente, inclusive comigo,
para arejar pensamentos,
purificar sentimentos.
Andei por aí a exorcizar o velho e mesmo o novo,
que viesse impregnado de velhas formulas,
ou novos padrões e conceitos que,
de alguma forma, pudessem oprimir.  
Andei por aí, buscando,
experimentando leveza,
sem me omitir.
Andei por aí exibindo
minha alegria e prazer,
de existir por aqui, assim...


domingo, 9 de agosto de 2015

Obrigado ao meu pai!

Há quanto tempo
não o tenho comigo
e me lembro,
com carinho,
de tardes,
no quintal de casa,
enquanto alegre,
em carpintaria,
você trabalhava.
E enquanto o fazia,
assim cantarolava:
"Sou carpinteiro,
vou batendo o prego,
porque não nego
minha profissão.
A mulher fala,
mais eu não sossego.
Vou batendo o prego
vou batendo o prego..."
Hoje eu sei, meu pai:
Cantar, enquanto se trabalha,  
não é pouca coisa não.
Penso, que você virou uma estrela
e, em meio a infinidade de estrelas,
Que pontilham o céu, te vejo
cantando a  profissão,
que tanto  amavas
e te fazia tão feliz.
Olho as estrelas e sorrio
E, em sua memória,
canto o carpinteiro 
que me deu a vida,
ensinou-me a cantar
e tantas vezes me fez sorrir.
Seu nome era Salvador,
Obrigada Senhor Salvador,
Obrigada meu pai,
Por ensinar-me o amor.



Feliz dia dos pais,
Á todos os pais.
Feliz dia dos pais:
àqueles que hoje,
tem o privilégio.
de conviver com um pai,
e àqueles que não o tem mais,
e não o tendo,            
guardam na memória, 
a alegria, 
de momentos de aconchego,
e  de sorrisos.
Feliz dia dos pais, a todos nós,
que pela vida,
Pudemos reconhecer um pai,
Em um parente,
ou em um amigo.